O projeto "Super-Heróis da Alegria" nasceu depois que o ilustrador Maxx Figueiredo perdeu sua perna e ganhou doze parafusos em seu braço direito
Super-heróis não é coisa só de quadrinhos: eles podem ser tão reais quanto nós imaginamos. Quando falamos do ilustrador Maxx Figueiredo, essa afirmação não poderia ser mais verdade. O brasileiro, que antes era abordado nas ruas devido a sua semelhança com o personagem Tony Stark, dos filmes do Homem de Ferro, hoje visita crianças e adultos em hospitais do País, tentando levar momentos de alegria aos que lutam contra doenças.
No começo, era tudo brincadeira. “As pessoas brincavam com essa semelhança e aconteceu até de garçom de restaurante pedir para tirar foto comigo”, ele conta. A transformação do Homem de Ferro brasileiro começou, de fato, quando ele sofreu um grave acidente de moto, em uma das principais avenidas da cidade de São Paulo. Maxx ficou em estado de coma por trezes dias, passou três meses internado no hospital, teve parte da perna direita amputada e ainda precisou inserir doze parafusos em seu braço direito. “Não conseguia mais desenhar com a mão direita então, ainda no hospital, passei a treinar com a esquerda, que hoje uso profissionalmente”, revela.
Depois do acidente, Maxx ainda viu seu casamento acabar e entrou em depressão. Utilizou cadeira de rodas por um tempo, mas resolveu à perna mecânica. “Eu tinha de me robotizar. A tecnologia existe para que eu tenha uma vida normal”, relata. Com isso, nasceu o Homem de Ferro brasileiro. Tudo casou perfeitamente: sua grande semelhança com o Tony Stark e a transformação que teve que passar após o acidente. Foi aí que ele percebeu que a “mutação” havia ocorrido. “Comecei a amadurecer um projeto, como se fosse um super-herói que tivesse o poder de fazer o bem”, explica Figueiredo.
E, a partir de então, o super-herói inicou visitas em instituições, como a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), a pediatria do HC (Hospital das Clínicas) e ao Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e a Criança com Câncer). “O fato de eu ter sido paciente, de ter passado tanto tempo em um hospital, de ter enfrentado o processo de negação, de depressão e de aceitação, me coloca em uma situação muito próxima das pessoas que estão hospitalizadas”, comenta Maxx. “Só de olhar para um paciente, já sei em que estágio ele está no processo de recuperação”, afirma.
Agora, após anos se dedicando ao bem de crianças doentes, Maxx é diretor do projeto Super-Heróis da Alegria, grupo de cosplay de super-heróis que tem como objetivo levar alegria às crianças hospitalizadas, aos pais e profissionais de saúde, por meio dos valores dos heróis. A ideia é "elevar os níveis da experiência humana onde houver um inimigo, seja uma doença, uma rua suja ou uma criança carente".
Fonte http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/apos-acidente-grave-sosia-de-tony-stark-visita-hospitais-infantis-como-homem-de-ferro/111520/
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