quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Why not!? Transformando o ‘não’ em ‘por que não?

Quando pensamos “isso é impossível”, nos colocamos diante de uma muralha. Quando pensamos “por que não?”, nos colocamos diante de um trampolim


Para ser bem-sucedido, muitas vezes, é necessário ter a ousadia de transpor convenções e preconceitos. E, na maioria dos casos, tudo o que se precisa para dar esse salto é manter a mente aberta. Quando pensamos “isso é impossível”, nos colocamos diante de uma muralha. Quando pensamos “por que não?”, nos colocamos diante de um trampolim.
Ao longo de minha carreira, enfrentei inúmeras situações como essas. Aos vinte e um anos, quando tive a ideia de trazer a Elite Models para o Brasil, me disseram que eu jamais conseguiria falar com John Casablancas, o fundador e proprietário da Elite. As convenções diziam que um homem como ele jamais receberia um estudante desconhecido, sem dinheiro e sem amigos influentes. Mas eu pensei: “por que não?”. E me tornei parceiro comercial de Casablancas.
Depois, as convenções diziam que eu não tinha cacife para montar a agência aqui e transformá-la em um sucesso. Mas uma vez me fiz a mesma pergunta e a Elite Brasil foi um sucesso. Também disse “why not!?” quando pensei em fazer uma versão nacional da campanha “O Câncer da Mama no Alvo da Moda” e quando resolvi procurar Donald Trump para propor sua primeira parceria com um sócio brasileiro.
É impressionante observar como o não deixa de ser uma limitação sempre que é precedido por esses dois termos mágicos (por + que). O que seria de Silvio Santos se ele acreditasse no que as convenções lhe diziam, que um camelô nunca poderia ser um milionário? E de Samuel Klein, se ele pensasse que um modesto caixeiro viajante jamais conseguiria ser o dono de um império do varejo? E do comandante Rolim, se ele achasse que quem começa a vida limpando aviões nunca chegaria a ser proprietário de uma companhia aérea? Ocorre que essas pessoas decidiram encarar as coisas de outra maneira. E em vez de aceitarem as limitações, resolveram se perguntar: “por que não?”  
Perguntar-se “why not!?” pode ser uma forma salutar de expandir os horizontes e de enxergar além das convenções – desde que esse princípio não seja aplicado ao campo da ética. Quando o que está em jogo são questões que envolvem a integridade e a honestidade, o que deve existir é apenas o sim e o não.
Se você está diante de um desafio empreendedor e teme não ter fôlego para seguir adiante, o “por que não?” poderá ajudá-lo a manifestar um potencial que talvez você nem soubesse possuir. Por outro lado, se o dilema for do tipo “devo ou não obter uma vantagem ilícita?”, o “por que não?” com certeza trará consequências desastrosas, arrastando a ética para aquela zona cinzenta na qual os fins justificam os meios.
Afinal, não podemos esquecer que em todos os escândalos políticos e financeiros há sempre aquelas figuras de moral dúbia, que pensaram: “por que não?”. O fato é que, nas mãos de uma pessoa destituída de ética, o “why not!?” não passa de desfaçatez. Contudo, nas mãos de alguém dotado de espírito empreendedor e pautado pela ética, torna-se um poderoso instrumento de transformação da realidade em que vivemos. 

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