quarta-feira, 21 de maio de 2014

O que fazer com os jovens desempregados?

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Mal ou bem a crise global está ficando para trás. O problema é o que fazer com tantos jovens desempregados. Esse momento de adversidade  sem dúvida é uma das causas do desemprego, mas na esteira da globalização, outros fatores também têm contribuído para esse flagelo que atinge principalmente as novas gerações, pois a retomada da economia não tem atenuado essa questão que em alguns países da Europa atinge 50%  da população ativa.
Estamos diante de um cenário desconcertante. Os avanços da tecnologia e da informática estabeleceram novos padrões e novos métodos para a produção, reduzindo sensivelmente a necessidade de mão de obra. Por outro lado, com a integração dos países asiáticos na cadeia produtiva, grande parte da produção industrial está sendo transferida para lá, região farta de trabalhadores de baixo custo.
Segundo os analistas especializados, em face da mão de obra barata, câmbio favorecido,  incentivos e baixos custos gerais, é muito difícil competir com esse sistema de produção no mercado mundial. Independentemente de socialismo ou capitalismo, o cenário não aponta para coisa boa, e pior, ninguém está buscando e negociando uma solução duradoura e justa que elimine os desequilíbrios. Sem negociar, poderemos ir afundando mais. Permanecemos no improviso como no século passado.
O sonho de estudar em boas escolas, obter um bom emprego, subir na escala social está se tornando difícil para milhões de jovens. “O dinheiro não é o problema; o problema é como usá-lo para dar aos jovens desempregados uma nova perspectiva.”  Essas palavras foram ditas pela chanceler Angela Merkel  ao inaugurar na Alemanha o programa “O emprego da minha vida”, há menos de um ano.
Os jovens são mantidos afastados dos problemas reais. Continuadamente são distraídos com novidades nos smartphones e outros utensílios eletrônicos que os entretêm por horas seguidas. Não percebem que a sua atenção é fortemente disputada, e que ficam sem tempo para um olhar dentro de si e entender sua própria natureza. Outros jovens menos aquinhoados participam de atos de vandalismo rotulados de protesto, praticando uma violência chocante cujos responsáveis deveriam ser penalizados.  Mas há os que querem algo mais do que apenas aprendizagem técnica ou científica. Independentemente do tipo de trabalho, ampliar o saber é sempre benéfico.
Em vez de se dedicar ao aprendizado nobre, os humanos se agarram às coisas menores que ficam pendendo, retendo-os em seu voo para as alturas. Poderíamos considerar o planeta como a construção que simboliza a grande escola da vida, para formar os seres humanos que nascem como sementes plantadas para desenvolver os talentos.
Temos de examinar que tipo de formação estamos oferecendo aos jovens. Estamos num momento difícil, sobretudo devido ao despreparo das novas gerações para um viver sadio e benéfico, o que representa uma grande ameaça para o futuro próximo. Elas têm acesso a tudo que há de ruim, inclusive a embrutecidos filmes pornográficos que chegam em domicílio pela TV.
Não dá para remendar roupa velha com tecido novo. É preciso reconstruir tudo levando  em consideração o sentido da vida. A humanidade se afastou do alvo de uma evolução geral e aprimoramento. Agora estamos vivendo num mundo com muitas insatisfações e rupturas, e diante de futuro imprevisível.
Com a atenção voltada cada vez mais para a vida material, os seres humanos se afastaram da vida espiritual, criando um ambiente de aspereza em permanente inquietação. Por que nascemos na Terra? Por que o espírito tem de nascer neste planeta? Qual é a finalidade?
Para ser feliz, temos de usar o bom senso, ter consideração pelas pessoas, em vez de ficar querendo ter sempre  razão. Assim agindo, abrimos brechas para os inimigos que não querem ver as pessoas felizes sob a Luz da Verdade. Precisamos pensar com clareza e dedicar algum tempo para refletir sobre o sentido da vida e sobre as causas de tanta confusão e desassossego. Compreender o grave momento que a humanidade vive com enorme vazio no entorno. Para onde se olhe, há erosão de valores e de estruturas que geram a indiferença de uma geração que não foi orientada para a responsabilidade de ser humano.
Por ora há frustração e desalento entre os jovens, pois não estão conseguindo realizar nada. Somente quando tiverem oportunidades para discutir os problemas objetivamente, com o pensamento homogêneo e coeso na busca de melhores condições, e quando aprenderem a atuar de forma construtiva, é que se aproximarão da grande alegria de viver em plenitude.
Fonte http://recursosehumanos.com.br/artigo/jovens-desempregados-32225/

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