terça-feira, 28 de agosto de 2012

Navios abrem mão de atracar no Porto de Paranaguá por falta de carga


Uma situação atípica vem contribuindo para que a fila de navios que aguardam para atracar no Porto de Paranaguá mantenha-se elevada. Embarcações que estão aguardando para atracar no corredor de exportação estão abrindo mão da vez de atracar por falta de carga. O problema começou a se intensificar na semana passada e persiste.
No último dia 27, durante a reunião de atracação, foi decidido atracar um navio que tinha apenas 30% da carga disponível sob condição de ser desatracado assim que terminar de carregar e entrar novamente na espera até que o restante da sua carga chegue à cidade.
- Os navios vêm a Paranaguá sem estar com a carga negociada porque eles preferem posicionar aqui o navio e esperar a chance de embarcar. Isso explica que esta fila é abstrata: o navio está aqui, mas não tem carga para embarcar. O fato de termos 33 navios aguardando não significa incompetência na nossa operação e esta situação comprova isso - afirma o superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino.
Há cerca de 20 dias, existiam 147 navios aguardando para atracar em Paranaguá. Hoje, são 98. Segundo Dividino, com o tempo bom e as medidas tomadas pela administração para agilizar a operação, diminuiu o tempo de espera dos navios ao largo e foi possível identificar quem está na fila sem ter a carga ainda negociada.
Do dia 22 até o dia 27, 21 navios abriram mão da vez de atracação no Corredor de Exportação por não terem carga suficiente para embarcar. Com o tempo bom, o Corredor de Exportação embarca diariamente entre 60 e 80 mil toneladas, podendo chegar a uma capacidade máxima de escoamento de 100 mil toneladas por dia.
Na reunião de atracação realizada na última sexta-feira (24), duas embarcações abriram mão da sua vez de atracar por falta de cargas. No dia 23, foram chamados quatro navios para que três aceitassem atracar e no dia 22, a situação foi ainda mais grave: 15 navios abriram mão de atracar em Paranaguá por falta de carga consolidada.
Nesta segunda-feira (27), estavam disponíveis nos armazéns que compõem o corredor de exportação 445 mil toneladas de grãos, sendo a maior parte deles composta pelo milho que está no pico do escoamento atualmente.

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